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Estação Ferroviária Fepasa

Turismo

A ESTAÇÃO
Quando o posto telegráfico de José Teodoro foi inaugurado, em 1917, somente havia no local os trilhos, o posto, algumas casas de funcionários da ferrovia e a mata em volta. O nome do posto foi resgatado pela Sorocabana a partir do nome de um mineiro de Pouso Alegre que ocupou as terras próximas em meados do século XIX, e teria fundado cidades como Conceição de Monte Alegre e São Pedro do Turvo, na região. Nos projetos da ferrovia, antes da instalação da estação, esta era chamada de Alegrete, quase que certamente por causa da existência ali de um córrego com esse nome; porém, foi aberta como José Teodoro. Curiosamente, esse nome, nos mesmos projetos, era o que identificava a estação de Laranja Doce, imediatamente anterior à da atual Martinópolis, mas ela foi aberta com o nome atual, mesmo. Tais divergências de nomes podem facilmente ser comprovados pela quilometragem existente durante a construção da ferrovia, nos relatórios da EFS.

Em 1924, desembarcou na estação João Gomes Martins, dono da Colonização Martins, que comprou e loteou a fazenda Boa Ventura, dando origem à cidade. Martins teria adquirido a passagem número um da estação de José Teodoro, que nunca usou, guardando-a como lembrança. A compra da fazenda foi oficializada em 17/11/1924, e a primeira construção de alvenaria foi o Hotel Colonial, em 1925, prédio demolido em 1970.

Em 1939, José Teodoro foi elevado a município, com o nome de Martinópolis, em homenagem a João Gomes Martins, e o nome da estação também (ato 1.084, de 3/4/1939). O prédio foi ampliado e reformado anos mais tarde.

Em 1987, o prédio da estação ainda funcionava, mas apenas em parte dele: nesse ano, a prefeitura local ocupou o restante do prédio, transformando os espaços em museu e biblioteca.

Como estação, foi finalmente desativada em outubro de 1996, com o fechamento da bilheteria e a retirada dos móveis e utensílios da empresa. A ocupação pela prefeitura manteve-se.

Os trens ainda passaram por lá, sem parar, até 16 de janeiro de 1999, quando a Ferroban desativou os trens de passageiros no antigo tronco da Sorocabana.

A estação virou sala de concertos por pouco tempo, e depois foi fechada. A estação foi reformada pela Prefeitura em 2005, foi trocado o telhado (chovia muito dentro) e, em 2008, era sede da Guarda Mirim, do Banco do Povo, de um posto do Sebrae e também tem um mini-museu, com umas 50 peças e fotos expostas. Em 2008, existiam, do antigo pátio, 8 casas de ferroviários. Eram 6 de tijolos e 2 de madeira. Cinco continuavam sendo residências de ferroviários aposentados, que já moravam nelas quando da aposentadoria. Três, incluindo uma de madeira, estavam servindo para atividades administrativas e culturais, como a Casa das Artesãs, onde se vendiam artesanatos. Outra servia ao Serviço de Alistamento Militar do Município e a terceira como sede da AAA - Associação Anti-Alcoólica.

Em 2023 a estação está ocupada pelos departamentos de Turismo e Cultura e pela Biblioteca Municipal.